Taxa Selic no menor patamar desde março de 2022; Copom indica novos cortes para 2024

Tomando como base as movimentações recentes na economia brasileira, é importante salientar a decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Numa reunião realizada na última quarta-feira, 13 de dezembro, foi decidida a redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual. Isso representa uma queda de 12,25% para 11,75% ao ano. Essa é a quarta vez consecutiva que a taxa sofre uma redução desde que começou a diminuir em agosto deste mesmo ano.

A decisão, que foi tomada por unanimidade, é mais um marco para o Copom. Com uma taxa de 11,75%, chegamos ao nível mais baixo desde o início de março de 2022, quando a taxa estava em 10,75% ao ano. O Comitê, composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por outros oito diretores da autarquia, tem a atribuição de decidir o patamar da Selic a cada 45 dias.

A possível nova redução da Selic

No comunicado divulgado logo após a reunião, sinalizou-se a possibilidade de uma nova redução da Selic no mesmo patamar – 0,5 ponto percentual – nos próximos encontros. A próxima reunião está marcada para os dias 30 e 31 de janeiro de 2024.

Vale relembrar que a Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, influenciando todas as taxas de juros do país, como as de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.

Qual a perspectiva para a inflação brasileira?

No cenário brasileiro, o Copom notou que a inflação ao consumidor manteve a tendência de desinflação. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como a inflação oficial do país, subiu 0,28% em novembro, com uma inflação acumulada de 4,04% no ano.

Apesar do aumento em novembro, a inflação em 2023 ainda está dentro dos limites da meta de inflação estipulada pelo Banco Central.

Para o ano de 2024, as metas fiscais estabelecem um déficit zero, ou seja, pretendem alcançar um equilíbrio nas contas públicas, sem resultados negativos nem positivos. No entanto, em outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou dúvidas quanto ao cumprimento desta meta, alegando ser muito difícil alcançar esse saldo. Especialistas também indicam um risco do governo federal depender do aumento da arrecadação para cumprir o objetivo em 2024, prevendo que serão necessários mais R$ 168 bilhões em 2024 – e algumas das medidas para aumentar as receitas ainda estão em tramitação no Congresso Nacional.

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