Qual o prazo para fazer um inventário? Tem multa? Veja o que diz a lei

Você já parou para pensar sobre o procedimento legal de inventário após o falecimento de um ente querido? Apesar de parecer um tema distante para muitos, é essencial entender como ele funciona para evitar complicações jurídicas futuras.

A legislação brasileira estipula prazos específicos para a abertura e finalização do inventário, bem como para o pagamento do imposto devido, com o intuito de garantir que tudo seja realizado de maneira organizada e dentro da lei.

Antes de tudo é preciso saber o que é um inventário. De forma simplificada, o inventário é o processo por meio do qual se faz o levantamento dos bens, dívidas e direitos de uma pessoa que faleceu, para que se possa proceder com a distribuição adequada aos herdeiros.

O que acontece se não cumprirmos os prazos do inventário?

O inventário deve ser tratado com seriedade, iniciando dentro do intervalo legalmente estipulado, que de acordo com o Código de Processo Civil de 2015 é de até dois meses após o óbito. Esse período é considerado adequado para iniciar o processo e garantir que os tributos e obrigações sejam cumpridos de forma correta. O não cumprimento deste prazo pode acarretar em multas severas e outras complicações financeiras para os herdeiros.

Quais são as consequências do descumprimento dos prazos?

A consequência direta do atraso na abertura do inventário é a aplicação de multas sobre o imposto ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações), que é o tributo estadual cobrado sobre a herança. 

Por exemplo, no Estado de São Paulo, a multa é de 10% se o atraso for até 180 dias e pode chegar a 20% caso ultrapasse esse período. Além das multas, há o acréscimo de juros e correção monetária, aumentando ainda mais o ônus financeiro sobre os herdeiros.

Qual a importância de pagar o imposto dentro do prazo?

Além de evitar multas, pagar o imposto devido dentro do prazo é um ato de responsabilidade fiscal, que permite que o procedimento de transferência de bens ocorra de forma tranquila e sem imprevistos legais. 

Em algumas circunstâncias, como em São Paulo, há incentivos para o pagamento antecipado do imposto, como um desconto de 5% se o pagamento for realizado até 90 dias após o óbito. Isso não apenas facilita o processo como também traz vantagens econômicas para os herdeiros.

O papel dos prazos além das multas

Entender e respeitar os prazos do inventário faz parte de um processo cuidadoso de fazer justiça com a distribuição dos bens deixados pela pessoa falecida. O atraso pode gerar disputas ou mesmo dificuldades no levantamento correto dos bens e direitos, o que pode prolongar ainda mais o processo e aumentar os custos envolvidos. Por isso, é fundamental iniciar o inventário dentro do período estipulado pela lei, buscando sempre a orientação de um especialista em direito sucessório.

Se você está passando por uma situação de inventário ou conhece alguém que esteja, lembre-se da importância de seguir os prazos e regulamentos estabelecidos. Assim, você garante não só a justiça e a paz entre os familiares, mas também uma gestão eficiente e sem sobressaltos dos bens envolvidos. Para mais informações sobre isso, não deixe de consultar um especialista e verificar as particularidades de cada legislação estadual pertinente.

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