Fim da Unimed? Fusão de empresas assusta brasileiros com plano de saúde ativo

No cenário dos planos de saúde no Brasil, há uma ampla variedade de empresas proeminentes, incluindo gigantes como Unimed e Sul América. Conforme informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), estima-se que cerca de 51 milhões de cidadãos brasileiros possuam esse tipo de cobertura médica, embora isso ainda represente uma fatia menor do que 25% da população nacional.

Embora não seja amplamente difundido, o setor enfrenta uma competição acirrada. Isso ficou evidente com a recente fusão estratégica entre duas grandes empresas, destacando o cenário competitivo. O Grupo Athena, responsável pelos planos de saúde Samp e São Bernardo, anunciou a unificação de suas marcas. Essas marcas, mesmo pertencendo ao mesmo grupo, operavam separadamente até então.

O processo teve início em 2019, quando a Athena adquiriu a Samp, seguido pela aquisição da São Bernardo dois anos depois. O processo de unificação das marcas, iniciado em abril deste ano, fortaleceu ainda mais a posição do grupo no mercado. Com essa fusão, estima-se que o novo plano resultante, chamado São Bernardo Samp, atenda agora cerca de 400 mil clientes, conforme informações divulgadas pela ANS.

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Outra fusão

Em contrapartida, a SulAmérica causou surpresa no mercado em fevereiro de 2022 ao revelar uma fusão estratégica com a Rede D’Or São Luiz S.A., uma das principais redes hospitalares do Brasil. Essa transação, avaliada em bilhões de reais, marcou um importante movimento no cenário da saúde suplementar.

O acordo recebeu aprovação tanto do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) quanto da ANS, possibilitando à Rede D’Or São Luiz S.A. reforçar sua posição no mercado e ampliar sua clientela. Além disso, essa transação segue uma tendência de integração vertical que também é evidente em outras grandes empresas do ramo, como Notredame Intermédica e Prevent Sênior.

A transação também levantou preocupações sobre possíveis práticas anticompetitivas, com algumas instituições, como o Sírio Libanês e o Albert Einstein, questionando a operação. No entanto, após análise detalhada, a fusão foi aprovada com algumas condições pelo Cade, abrindo caminho para uma nova era no setor de saúde suplementar no Brasil.

Planos da Unimed

A Superintendência-Geral do Cade avaliou como um procedimento intricado a perspectiva de as cooperativas da Unimed assumirem conjuntamente a administração da FOB (Fundação Ouro Branco), tendo o privilégio de nomear a maioria dos membros dos órgãos de gestão da entidade.

Conforme um comunicado técnico, o Cade categorizou o caso como complexo devido à análise de concentrações significativas em mercados específicos. Segundo o relatório, o Sistema Unimed detém uma fatia de 64% do mercado de planos de saúde nas localidades de Ouro Branco (MG) e Conselheiro Lafaiete (MG). Ademais, a participação das cooperativas Unimed e da FOB no segmento de hospitais gerais é estimada entre 80% e 90%.

O Cade ressaltou a concentração substancial que poderia influenciar a concorrência e a estrutura do mercado de saúde local, enfatizando a necessidade de uma avaliação minuciosa para salvaguardar os interesses dos consumidores e assegurar um cenário competitivo.

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