CNH tem novas regras e milhares de brasileiros NÃO vão poder tirar carteira

A renovação e a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil estão passando por mudanças que podem impactar diretamente milhares de motoristas. Mais do que um simples teste de visão, o processo envolve uma avaliação médica detalhada para garantir que os condutores estejam aptos a dirigir com segurança pelas vias do país.

Para entender melhor essas novas regulamentações e seu impacto, a revista Autoesporte conversou com o Dr. Flávio Adura, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e experiente perito examinador.

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O exame médico para emissão ou renovação da CNH é abrangente e classifica os motoristas em quatro categorias principais: aptos, aptos com restrições, inaptos temporários e inaptos definitivos. Segundo Dr. Adura, essa classificação depende de uma série de condições de saúde física e mental que são cuidadosamente avaliadas durante o processo.

Principais doenças que podem impedir a emissão da CNH

  1. Condições Oftalmológicas: Problemas como catarata, glaucoma e doenças na retina são cruciais na avaliação da capacidade de dirigir. Casos não tratáveis podem resultar em inaptidão definitiva para conduzir veículos.
  2. Condições Cardiológicas: Distúrbios como infartos ou arritmias graves são fatores que podem impedir a obtenção ou renovação da CNH. A pressão arterial é monitorada de perto para avaliar a capacidade cardíaca do motorista.
  3. Condições Neurológicas: Avaliações rigorosas determinam se condições como epilepsia ou Parkinson permitem que alguém seja habilitado para dirigir, considerando sempre o controle das crises e a progressão da doença.
  4. Condições Ortopédicas: Alterações físicas não necessariamente excluem alguém da obtenção da CNH. Adaptações veiculares podem permitir que indivíduos com necessidades especiais dirijam de maneira segura e eficaz.

Validade da CNH e mudanças recentes

Desde abril de 2021, o Código de Trânsito Brasileiro estabeleceu novas diretrizes para a validade da CNH: 10 anos para motoristas com menos de 50 anos, 5 anos para aqueles entre 50 e 70 anos, e 3 anos para os com mais de 70 anos. Essas mudanças visam garantir que todos os condutores estejam em condições físicas e mentais adequadas para operar um veículo de forma segura.

Com as novas regras mais rigorosas, é esperado que um número de brasileiros enfrente desafios na renovação ou obtenção da CNH. É essencial que os motoristas estejam cientes das condições exigidas pelo Contran e mantenham um acompanhamento médico regular para monitorar sua saúde e garantir a conformidade com as regulamentações.

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