Alta do dólar: veja os alimentos que vão ficar mais caros no Brasil

O recente e substancial aumento do dólar em relação ao real tem levantado preocupações entre especialistas econômicos e analistas de mercado sobre os possíveis efeitos futuros na inflação brasileira. Essa valorização da moeda estrangeira impacta diretamente os preços dos produtos importados consumidos no país, dado que muitos desses itens são dependentes de matéria-prima internacional e são cotados em dólar.

Até o presente momento de 2024, o dólar já registrou um aumento de mais de 10% em relação ao real, chegando a ultrapassar a marca de R$ 5,40 em certos períodos. Essa trajetória ascendente tem exercido pressão sobre os preços de diversos produtos, como tecnologia, medicamentos, combustíveis e itens alimentícios fundamentais como milho e trigo.

Além das questões cambiais, problemas na safra brasileira têm contribuído para os aumentos nos preços dos alimentos. Em maio de 2024, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou um acréscimo de 0,46%, com o grupo de Alimentação e Bebidas sendo o principal responsável por esse aumento, com uma elevação de 0,62%. Itens como tubérculos, raízes, legumes, cebola, leite longa vida e café moído foram os mais afetados, apresentando aumentos significativos em seus preços de venda ao consumidor.

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Como driblar o aumento?

A conjunção desses elementos tem apresentado desafios significativos para os consumidores no Brasil, que enfrentam um cenário de inflação em ascensão durante uma recuperação econômica ainda incerta. Para minimizar os impactos negativos, especialistas recomendam algumas estratégias práticas:

  • Optar por atacarejos: Realizar compras em atacarejos pode proporcionar economias substanciais, já que esses estabelecimentos oferecem preços mais competitivos devido à compra em grandes quantidades e à redução de custos operacionais.
  • Estoque de produtos não perecíveis: Antecipar a compra de itens não perecíveis, como arroz, feijão, massas e enlatados, pode ajudar os consumidores a evitarem os aumentos mensais de preços e garantir estabilidade no custo de vida a médio prazo.
  • Escolher o momento adequado para compras: Optar por fazer compras em momentos estratégicos do mês pode resultar em preços mais baixos. Geralmente, o início do mês, quando muitas pessoas recebem seus salários, tende a ter preços mais elevados. Comprar na segunda metade do mês, por exemplo, pode ser uma alternativa mais econômica.

Além dessas estratégias práticas, é essencial que os consumidores permaneçam vigilantes em relação às variações de preços e se informem sobre métodos eficazes de consumo para reduzir os efeitos da inflação sobre suas finanças pessoais.

Preços dos alimentos após as enchentes do RS

A Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz-RS) divulgou um boletim econômico que examina as mudanças nos preços dos alimentos após as enchentes que impactaram o estado entre o final de abril e o mês de maio. As informações foram coletadas através das Notas Fiscais de Consumidor eletrônicas (NFC-e) emitidas entre os períodos de 21 a 27 de abril e de 5 a 11 de junho.

Segundo a Sefaz, houve significativas alterações nos preços de diversos alimentos, destacando-se a batata, que teve um aumento de 55,8% por quilo, seguida pelo tomate, com um acréscimo de 47,8%, repolho (+25,1%) e leite (+21,7%). A secretaria ressalta que essas comparações foram realizadas considerando os preços médios desses produtos no mercado durante os períodos mencionados anteriormente.

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